2046
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Ponto de avanço
E pensava eu que não voltaria a esta casa virtual. Que estava longe. Esquecida. Ou que, a vida, aquela que queremos agarrar ferozmente, iria trazer tudo aquilo que se espera. E então sim, ficaríamos na nossa casa, no nosso canto, Os dois, os três, ou os quatro. Mas de forma sincera e real. Sem subterfúgios. Ausentes de desconfiança. Sem permanecer a cada passo, ao virar da esquina dos dias, a gritar interiormente: não é isto e a minha vivência diária que desejo na estrada futura. A dos afetos, do carinho,do amor e da sexualidade. Mereço mais. Merecemos largamente mais.
domingo, 16 de maio de 2021
Estava para acontecer
Deixamos passar demasiado tempo. Sabia tão bem a convivência diária, no entanto, a recorrência das minhas necessidades é de forma inapelável um constrangimento relacional e interpessoal absolutamente destrutivo. Sem águas separadas, a tendência é o fracasso. Deixa de haver erotização e o desejo transforma-se num certo não sei o quê. Perde-se. Ou vai-se perdendo. Não dará nunca para ser diferente e consequentemente ou é agora ou por aqui ficamos. Foi bom ou é bom, já não sei bem. Sei que a partir do dia 1 de junho, independentemente do que vier a acontecer, a vida, a rotina e as pessoas mudarão. Isso é o mais importante.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
E cá voltamos. Sempre de regresso a 2046.
Não se afigura fácil. A medida de um amor enorme quando questionada, é de cairmos em falácia. Dos píncaros até à cota zero. Quase submersos. De um tom vestido de negro profundo, que poderá jamais cair no que foi. No que já fomos. Nós já fomos e existimos. Deixamos de o ser. Quando nós olhamos espero não espelho deveremos questionários, sim. Mas sempre com a convicção de que o outro o fará, na mesma e exata medida. E se for diferente? Estaremos a ser injustos. Quem ama liberdade, sente-a defende-a como se se tratasse da sua própria liberdade. Por isso, é deixar ir. Voar. Até levantar amarras.
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Caminhos | Amor
Quando percebes que será melhor dar outras oportunidades e não ficar preso. E não deixar preso também o outro. Tentar viver. Tentar ser. Tentar crescer. Se não por este caminho, que seja por outros. Menos tortuoso e com menos dor. Onde se posso separar sem outras amarras os sentimentos, o querer, ou o sexo. Acima de tudo, gratificante para além da paixão.
segunda-feira, 9 de março de 2020
Deixar o amor voar
O que acontece quando se aproxima o final de um amor? Quando nos damos conta de que de facto está ali, foi bom, o vivido, o sentido, os sentidos que nos aproximaram. Os corpos. Os nossos. O meu e o teu. Corpos esses que não poderão voltar a encontrar-se. Ainda sem se conhecerem na plenitude. Talvez seja o mais injusto. Que jamais voltarão a unir-se e a fundir-se num só. Acontece é que a vida também nos reserva situações com as quais não conseguimos lidar. Construções maiores da nossa realidade que não absorvemos, impossibilitando o próximo passo, no momento em que deixamos cair o olhar ao redor. Ficaremos sempre com os nossos sorrisos. Com o meu e o teu. E teremos sempre, afinal, Lisboa.
terça-feira, 3 de março de 2020
Por cá nos encontraremos
Dois anos de interregno. Neste momento quase uma angústia por escrever algumas linhas. Numa vida incrivelmente pautada pela palavra mudança. Também esta o é. A essência do amor e da (in)constância apaixonante que será conhecer o outro. Que será viver o outro. Entre intermitências. Sentindo. Abrindo o coração. Tentando depurar as palavras. Liberto.
domingo, 21 de janeiro de 2018
Subscrever:
Mensagens (Atom)